Narrativa, Ideologia e Poder: uma paralaxe sobre as denominadas Fake News

Wilson Couto Borges, Vânia Coutinho Borges

Resumen


Com a emergência da pandemia de Covid-19 em 2020, tem sido recorrente na literatura a associação entre tal crise sanitária e o fenômeno qualificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Infodemia. Um dos efeitos desse movimento é a constante busca de relações causais entre a compreensão de uma superabundância de informação e o momento histórico no qual estamos inseridos, compreendido como pós-verdade. Assim, estaria nas crenças individuais a motivação para que o consumo de notícias falsas se acelerasse na segunda década do século XXI. Com este trabalho, queremos revisitar a noção de Narrador, em Walter Benjamin, passando pela entrada de Freud na Teoria Crítica da Sociedade (TCS), presente na Escola de Frankfurt nos anos 1970, aproximando a figura arquetípica benjaminiana a duas redes sociais digitais – o WhatsApp e o Telegram – na busca por iluminá-la a partir de um novo ponto de observação daquilo que compreendemos como a busca do ser humano pelo poder de se expressar, se fazer visível. Utilizando a narratologia como abordagem teórico-metodológica, partimos da hipótese de que as construções narrativas postas em circulação pelas referidas redes apelam aos afetos, aos sentimentos, às emoções, às sensações não como forma de construções de fakes ou true news, mas como modo de estar ativamente agindo no mundo.

Identificador permanente (ARK): http://id.caicyt.gov.ar/ark:/s18535925/83xp6fqbk

 

Wilson Couto Borges
ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-2785-3658

Vânia Coutinho Borges
ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-0944-528X

 



Palabras clave


produção de sentido, narrativa, ideologia, poder, saúde, fake News

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))


DOI: https://doi.org/10.62174/avatares.2023.8209

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