O reconhecimento da agricultura familiar a partir do consumo de mídia

Mauricio Rebellato

Resumen


Este trabalho tem como base um estudo etnográfico sobre o consumo de mídia por agricultores familiares participantes de um Movimento Social de Economia Solidária, o Projeto Esperança/Cooesperança, com sede em Santa Maria/RS. Discutimos o papel do consumo de mídia, através das mediações de economia solidária e classe social, na construção da identidade de classe desses agricultores. A pesquisa fundamenta-se nos Estudos Culturais britânicos e latino-americanos, através do conceito de classe social de Bourdieu e a Teoria das Mediações de Martín-Barbero. Adotamos como percurso metodológico, a etnografia crítica do consumo por buscar revelar não só a capacidade criativa das audiências em resistir à dominação, mas também, compreender a reprodução social. Os resultados revelam que a identidade se constrói, entre rupturas e continuidades com a identidade camponesa, e também, com mínima contrapartida de valorização econômica. A construção da identidade de classe, está vinculada às relações que os agricultores familiares estabelecem com a mídia. Ficou evidente ainda, que a mídia exerce grande influência no cotidiano dos agricultores familiares, seja como organizadora das rotinas, opção de entretenimento, ferramenta para estudo, pesquisas, e cada vez mais, na organização do trabalho e incorporação das redes sociais e aplicativos para a comercialização de produtos vindos da agricultura familiar.

 

Identificador permanente (ARK): http://id.caicyt.gov.ar/ark:/s18535925/18laorkzk

ORCID Id: http://orcid.org/0000-0003-0244-1849


Palabras clave


comunicação, agricultura familiar, consumo de mídia, reconhecimento

Texto completo:

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DOI: https://doi.org/10.62174/avatares.2023.7566

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