Por um marxismo decolonial: contribuições para a reflexão sociológica contemporânea

Jórissa Danilla Nascimento Aguiar

Resumen


As duas últimas décadas do século XXI e suas mudanças políticas trouxeram à baila novas questões teóricas para se pensar a América Latina contemporânea. O projeto teórico-político de intelectuais latino-americanos de nome movimento decolonial, que surge contemporaneamente com o argumento de resistência ao ocidental-centrismo e consequente renovação crítica das Ciências Sociais no subcontinente, em nossa hipótese, pretende ampliar o potencial explicativo da teoria social, bem como a potencialidade de viabilizar prognósticos emancipatórios. Este trabalho tem como principal objetivo indicar que é possível realizar uma síntese fecunda e produtiva entre a decolonialidade e o marxismo em sua vertente não-eurocêntrica, sem cair num essencialismo epistemológico, nem perder o vínculo analítico de que se faz necessário completar a formação econômico-social do subcontinente trilhando um projeto revolucionário. Esta discussão se mostra pertinente por estabelecer um frutífero diálogo com a teoria sociológica contemporânea, a sociologia crítica aberta pelos estudos culturais, pós-coloniais e decoloniais, a partir uma perspectiva marxista.


Palabras clave


sociologia contemporânea, decolonialidade, marxismo

Texto completo:

PDF

Referencias


AGUIAR, J. D. N. (2017) Entre a subalternidade e o socialismo indo-americano: existe um pensamento marxista decolonial? (Tese de doutorado). Campina Grande: PPGCS/UFCG.

AMADEO, J. ROJAS, G. (2010) Marxismo, pós-colonialidade e teoria do sistema mundo. Revista Lutas Sociais. São Paulo: NEILS. N° 25-26 (p. 29-43). 2010.

BALLESTRIN, Luciana. (2012) O Giro Decolonial e a América Latina. 36º Encontro Anual da Anpocs: Águas de Lindóia, 2012. Disponível em: http://www.anpocs.com/index.php/encontros/papers/36-encontro-anual-da-anpocs/mr-3/mr19/8321-o-giro-decolonial-e-a-america-latina/file.

_____. (2013) América Latina e o giro decolonial. Rev. Bras. Ciênc. Polít.[online]. n.11 pp.89-117.

_____. (2014) Imperialismo como Imperialidade: o elo perdido do giro decolonial. 38º Encontro Anual da Anpocs: Caxambu, 2014. Disponível em: http://www.anpocs.com/index.php/papers-38-encontro/gt-1/gt26-1/9346-imperialismo-como-imperialidade-o-elo-perdido-do-giro-decolonial/file.

BORON, Atilio. (2006) A questão do imperialismo. In: Teoria Marxista Hoje: problemas e perspectivas. Boron, a.; Amadeo, S.; González, S. (org.). Buenos Aires: CLACSO.

CASTRO GOMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. (2007) El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.

DUSSEL, Enrique. (1977) Filosofia da Libertación na América Latina.São Paulo: Loyola/UNIMEP.

GROSFOGUEL, Ramon. (2008) Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 80.

LANDER, Edgardo. (2006) “Marxismo, Eurocentrismo e Colonialismo”, In: BORON, Atilio et al (orgs). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. São Paulo/Buenos Aires: CLACSO.

LÊNIN, V. (2005) O imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Centauro.

LÖWY, Michael. (2015) Entrevista a Michael Löwy. Analéctica. Revista Eletrónica de pensamento crítico. Ano I, N° 9 Agosto. Disponível em: http://www.analectica.org/articulos/mtzandrade-lowy/.

MANIFESTO DE LA F. U. DE CÓRDOBA. (1918); Disponível em: http://www.reformadel18.unc.edu.ar/manifiesto.htm.

MIGNOLO, Walter. (2010) Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del signo, 2010.

_____. (2008); La opción de-colonial: desprendimiento y apertura. Um manifiesto y un caso. Revista Tabula Rasa, Bogotá, Colômbia, n.8.

_____. (2007); El pensamiento decolonial: desprendimiento y apertura. Un manifiesto. Castro Goméz, Santiago; Grosfoguel, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar. Disponível em: http://www.unsa.edu.ar/histocat/hamoderna/grosfoguelcastrogomez.pdf.

_____. (2003); Historias locales/disenos globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Ediciones Akal.

_____. (2002); The Geopolitics of Knowledge and the Colonial Difference. The South Atlantic Quarterly, 101:1.

QUIJANO, Aníbal. (2005); Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In:A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. LANDER, Edgardo (org).Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLACSO.

_____. (1992) Colonialidad y Modernidad-Racionalidade. In: BONILLA, Heraclio. Los Conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas. Bogotá: Tercer Mundo, 1992.

SAID, Edward. (2007); O Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.

SANTAELLA GONÇALVES, R. (2015); O desafio teórico-político da “Nacionalização do Marxismo” na América Latina: chave analítica e necessidade histórica. V Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. UNICAMP. Disponível em: http://conferencias.fflch.usp.br/sdpscp/Vsem/paper/view/339/176.

SEMERARO, Giovanni. (2012); Subalternos e periferias: uma leitura a partir de Gramsci. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, local, v. 4, n. 1, p. 58-69, Disponívelem:https://portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/download/9404/6842.

TIBLE, Jean. (2014); Marx e os outros. Lua Nova, São Paulo, 199-228. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n91/n91a08.pdf.

_____. (2012); Marx e América indígena: Diálogo a partir dos conceitos de abolição e recusa do estado. 221p. Tese (doutorado). Universidade Estadual de São Paulo. IFCH – Departamento de Sociologia. Campinas.


Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.



Estadísticas
Visitas al Resumen:2233
PDF:683


 

Observatorio Latinoamericano y Caribeño - ISSN 1853-2713 
olac@sociales.uba.ar

Marcelo T. de Alvear 2230 3º piso of. 314.
(C1122AAJ) Ciudad de Buenos Aires.
Tel. +54 11 5287 1525
iealc@sociales.uba.ar

Instituto de Estudios de América Latina y el Caribe
Facultad de Ciencias Sociales | Universidad de Buenos Aires

Licencia Creative Commons CC BY-NC-ND 4.0.: Los contenidos de la revista pueden reproducirse bajo las condiciones establecidas por la Licencia Creative Commons CC BY-NC-ND 4.0. Esta licencia permite copiar y redistribuir el material sólo si se garantiza la atribución a los/las autores de cada contenido reproducido, así como a la revista OLAC - Observatorio Latinoamericano. El uso de esta licencia sólo es posible para uso no comercial, sin ningún tipo de modificiación. Los términos de la licencia pueden consultarse en: 

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ 


Esta revista se encuentra registrada en