Entre o medo do possível e o medo do provável: a força persuasiva da ideia de retorno ao estado de natureza em Estados organizados e civilizados nos Elementos da Lei Natural e Política de Thomas Hobbes

Marcelo Bonanno

Resumen


A educação na filosofia civil de Hobbes depende de uma ferramenta de amplo espectro oferecida pelo filósofo que carrega um ingrediente persuasivo fundamental: o medo do Estado de Natureza. No entanto, a decodificação do peso do Estado de Natureza não é tarefa simples. O forte caráter retórico das imagens construídas pelo Estado de Natureza, como sugere Evrigenis em Images of Anarchy e o poder demonstrativo de um modelo científico, como vemos Johnston apresentar em The Rhetoric of Leviathan, criam a oposição que estabelecerá os polos que irão ancorar nossa análise. Em ambos os casos, o futuro de uma sociedade sem contrato parece inevitável e a guerra de todos contra todos parece provável. Defendemos nesse trabalho que subsiste um meio termo que oferece um estado de coisas possível e não provável que é suficiente para deixar os elementos necessários para permitir a persuasão científica já nos Elementos da Lei de Hobbes.

Palabras clave


Medo; drama; ciência; persuasão; dissensão.

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DOI: https://doi.org/10.62174/aei.9676

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ISSN/ISSN-L: 2250-4982

   

 

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