Bioética, Salud y Complejo Médico-Industrial- Financiero. Una visión desde América Latina

Víctor Penchaszadeh

Resumen


Resumen

La bioética reflexiona sobre cuestiones éticas en las ciencias de la salud y la vida. Por lo tanto, interactúa con las circunstancias económicas, políticas y sociales y está influenciado por los intereses económicos y comerciales que dominan la actividad médico-sanitaria y la vida. La bioética se originó en los Estados Unidos con un modelo de pensamiento "principialista", o "anglosajón", favoreciendo cuatro principios (autonomía, beneficencia, no maleficencia y justicia) e ignorando las actividades sociales, económicas y políticas que forman parte de las actividades humanas. Esta bioética se expandió hegemónicamente a nivel global, siguiendo los intereses del complejo médico-industrial-financiero y actuando como instrumento de dominación cultural a nivel mundial. En América Latina surgió hace 20 años un pensamiento biotético contrahegemónico secular basado en los derechos humanos y la justicia social. Este artículo hace un análisis crítico de las falacias de la bioética anglosajona y las contrasta con la visión latinoamericana de una bioética arraigada en lo social y basada en los derechos humanos que promueve acciones para abordar las deficiencias éticas del sistema económico mundial que nos rige, siguiendo los principios promulgados por la UNESCO en la Declaración Universal de Bioética y Derechos Humanos en 2005.

Palabras clave: bioética; derechos humanos; complejo médico industrial; industria farmacéutica; derecho a la salud; justicia social; sistemas de salud; discriminación, exclusión social, inequidades

 

Resumo

A bioética reflete sobre questões éticas na saúde e nas ciências da vida. Assim, interage com circunstâncias econômicas, políticas e sociais e é influenciada pelos interesses econômicos e comerciais que dominam a atividade e a vida médico-saúde. A bioética originou-se nos Estados Unidos com um "principialista", ou "anglo-saxão", modelo de pensamento, favorecendo de forma reducionista quatro princípios (autonomia, beneficência, não maleficência e justiça) e ignorando o social, econômico e político que faz parte das atividades humanas. Essa bioética expandiu-se hegemonicamente em nível global, seguindo os interesses do complexo médico-industrial-financeiro e atuando como instrumento de dominação cultural em todo o mundo. Na América Latina, um pensamento biotético contra-hegemônico secular baseado nos direitos humanos e na justiça social surgiu há 20 anos. Este artigo faz uma análise crítica das falácias da bioética anglo-saxã e contrasta-as com a visão latino-americana de uma bioética enraizada no social e baseada em direitos humanos que promove ações para sanar as deficiências éticas do sistema econômico mundial que nos governa, seguindo os princípios promulgados pela UNESCO na Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos em 2005.

Palavras-chave: bioética; direitos humanos; complexo industrial médico; indústria farmacêutica; direito à saúde; justiça social; sistemas de saúde; discriminação, exclusão social, iniquidades

 

Abstract

Bioethics reflects on ethical issues in the health and life sciences. As such, it interacts with economic, political and social circumstances and is influenced by the economic and commercial interests that dominate medical-health activity and life. Bioethics originated in the United States in the 70s with a model of "principialist, or "Anglo-Saxon" thinking, favoring in a reductionist way four principles (autonomy, beneficence, non-maleficence and justice) and ignoring the social, economic and political that is part of human activities. This bioethics expanded hegemonically at a global level, following the interests of the medical-industrial-financial complex and acting as an instrument of cultural domination throughout the world. In Latin America, a secular counter-hegemonic bioethical thought based on human rights and social justice emerged 20 years ago. This article makes a critical analysis of the fallacies of Anglo-Saxon bioethics and contrasts them with the Latin American vision of a bioethics rooted in the social and based on human rights, which does not remain in the discursive, but promotes action to remedy the ethical shortcomings of the world economic system that governs us, following the principles promulgated by UNESCO in the Universal Declaration of Bioethics and Human Rights in 2005.

Keywords: bioethics; human rights; medical industrial complex; pharmaceutical industry; right to health; social justice; health systems; discrimination, social exclusion, inequities.


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7 ensayos. Revista Latinoamericana de Sociología, Política y Cultura

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